Política

PS admite “dúvidas de constitucionalidade” sobre obrigatoriedade do uso da app StayAway Covid

PS admite “dúvidas de constitucionalidade” sobre obrigatoriedade do uso da app StayAway Covid
PEDRO NUNES

Líder parlamentar do PS anuncia que o partido vai solicitar audições urgentes com especialistas, antes de fechar uma posição sobre a matéria

PS admite “dúvidas de constitucionalidade” sobre obrigatoriedade do uso da app StayAway Covid

Liliana Coelho

Jornalista

A líder parlamentar do PS, Ana Catarina Mendes, admite que a proposta do Governo de tornar obrigatória a utilização da app StayAway Covid levanta "dúvidas de constitucionalidade" e garante que o partido não tem ainda uma posição sobre esta matéria.

"Não há inclinações. Esta app foi descarregada voluntariamente por quem quis, mais de um milhão de portugueses, quanto à sua obrigatoriedade temos que a discutir aqui no Parlamento", afirmou Ana Catarina Mendes em declarações aos jornalistas a partir dos Passos Perdidos, no Parlamento.

De acordo com a líder parlamentar, o partido irá pedir audições urgentes a partir da próxima terça-feira para ouvir a opinião de especialistas em saúde, direitos e liberdades e proteção de dados, antes de fechar uma posição sobre o assunto.

"Nós temos visto ao longo destes oito meses, nas reuniões do Infarmed, nas conferências de imprensa diárias da DGS o cuidado das decisões políticas estarem respaldadas nos cientistas e em quem conhece. E, por isso, acho que o grupo parlamentar socialista dá um grande contributo à democracia se poder ouvir estas pessoas e decidirá então com a rapidez que se quer", acrescentou.

Sublinhando que o Governo apresenta uma proposta de lei urgente à Assembleia da República, Catarina Mendes insiste que cabe aos partidos pronunciarem-se e discutirem essa matéria a "bem de todos os portugueses" e da "saúde publica" em geral.

"Esta é a casa da democracia e é aqui que temos que apelar ao cumprimento dos direitos, liberdades e garantias e o grupo parlamentar do PS não deixará de o fazer e por isso entende que mais do que achismos - nós não estamos no tempo de achismos, estamos no tempo da politica se firmar na ciência e o pouco que a ciência sabe tem que ajudar os políticos a tomarem as suas decisões de forma responsável", conclui.

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