Para Rui Rio, não há margem para ambiguidades sobre a proposta do Governo de impor a todos os portugueses a utilização da aplicação StayAway Covid: conforme está desenhado, o diploma "não está em condições de ser aprovado". O presidente do PSD considera que a parte do texto (que chegou esta quarta-feira à Assembleia da República) que obriga à utilização da app não só não dá garantias de "eficácia" como, segundo explicou, não acautela o "equilíbrio" entre essa eficácia e "diversos fatores", ou seja, direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
"Da forma como está [formulado o diploma], não tem interesse entrar em vigor", reforçou o líder dos sociais-democratas, esta tarde, em declarações aos jornalistas, no Parlamento. Avisando que cabe ao Governo alterar o texto para que este possa vencer o crivo parlamentar, Rio não deixou de vincar que o seu partido não pretende "derrotar a proposta à partida".
E o líder social-democrata disse mais quando questionado sobre uma publicação irónica que fizera no Twitter após ter vindo a público que o conselheiro de Estado António Lobo Xavier tinha sido infetado com o vírus. Rio garantiu que, após a reunião do órgão de consulta do Presidente da República, não brincava com o assunto mas antes que se limitou a "mostrar que a eficácia da app é muito reduzida".
Já quanto à parte da proposta que determina a utilização obrigatória de máscaras, Rio foi taxativo. "Não temos qualquer dúvida. E o que está, está bem redigido", referiu. Na sua ótica, a decisão só pecou por ser "tardia".
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