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Máscaras obrigatórias na rua? Só com aprovação do parlamento, defendem constitucionalistas

Máscaras obrigatórias na rua? Só com aprovação do parlamento, defendem constitucionalistas
Waldemar Brandt

Decisão de levar à Assembleia da República medidas que restringem os direitos dos cidadãos só peca por tardia. Fora do estado de emergência, todas as medidas que suspendam as garantias individuas devem ser autorizadas pelo Parlamento ou pela via legislativa, mesmo em questões de saúde pública

Máscaras obrigatórias na rua? Só com aprovação do parlamento, defendem constitucionalistas

Isabel Paulo

Jornalista

Entre a recomendação e a obrigatoriedade de usar máscara na rua pode ir a uma lei de distância. Hoje António Costa voltou a apelar ao uso das máscaras protetoras na rua e anunciou a intenção de apresentar ao parlamento uma proposta de lei para que o seu uso passe a obrigatório. Uma medida que suscitou dúvidas em constitucionalistas. Ouvidos pelo Expresso, especialistas defendem a opção do Governo.

“É positivo que, ao contrário de há seis meses, o Governo leve ao Parlamento decisões que colidem com direitos fundamentais das pessoas”, afirma Reis Novais, que defende ser este o trajeto a seguir sempre que se trata de limitar liberdades individuais. Num Estado democrático, o constitucionalista lembra que apenas se podem cercear garantias pessoais através da legislação da Assembleia da República, por decreto-lei do Governo ou, como é agora o caso, por via de autorização parlamentar.

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