Lar de Reguengos. PCP quer saber se houve "gestão irresponsável e incúria"
Comunistas fizeram perguntas ao Ministério do Trabalho e Segurança Social há um mês, mas ainda não obtiveram resposta
Comunistas fizeram perguntas ao Ministério do Trabalho e Segurança Social há um mês, mas ainda não obtiveram resposta
Coordenadora de Política
O PCP não quer que o caso do lar de Reguengos de Monsaraz, onde morreram 18 idosos, caia no esquecimento e exige que sejam "apuradas as responsabilidades" até "para precaver que se repita outro tipo de situação" como aquela. Para os comunistas, é preciso apurar as responsabilidades judiciais e políticas.
Para os comunistas, se se apurar que as conclusões do relatório da Ordem dos Médicos está correcto, que sejam apuradas todas "as responsabilidades", incluindo do presidente da Câmara, José Calixto (PS), que é, ao mesmo tempo, presidente da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva, que detém o lar onde foram registadas 18 mortes, muitas delas por desidratação e falta de medicamentos. "A confirmarem-se os elementos do relatório, algumas preocupações o PCP já tinha identificado, e pode estar a na origem da direcção do lar. O presidente do lar, José Calixto, tem de dizer alguma coisa", diz ao Expresso Patrícia Machado, da direcção regional de Évora do PCP.
A dirigente comunista diz que há uma "necessidade de apuramento quanto à gestão para se perceber se houve uma gestão irresponsável e se houve incúria".
Quando o surto tomou maiores proporções naquele lar, em Julho, o PCP dirigiu ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social várias perguntas sobre as situações dos lares de terceira idade do distrito de Évora. O PCP queria saber como estavam a se cumpridos os planos de contingência, mas também qual a capacidade de articulação das várias entidades, um ponto que tem sido frisado pelo PCP. Até ao momento ainda não tinham sido respondidas.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lvalente@expresso.impresa.pt