Política

CDS exige revisão dos apoios para inverter "escalada descontrolada" do desemprego

Francisco Rodrigues dos Santos, fotografado pelo Expresso, na sede do CDS
Francisco Rodrigues dos Santos, fotografado pelo Expresso, na sede do CDS

"O que o Governo deve refletir é que instrumentos é que está a utilizar e que apoios é que está a dar, ou não, às empresas", questionou o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos

O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, exigiu hoje que o Governo reveja os apoios que está a dar às empresas e que mantenha o `lay-off´ simplificado para que seja possível inverter a "escalada descontrolada do desemprego".

"O que o Governo deve refletir é que instrumentos é que está a utilizar e que apoios é que está a dar, ou não, às empresas para inverter uma escalada descontrolada dos desempregos, que mais tarde significarão mais despesa pública, a título de prestações sociais, como é o caso do subsídio de desemprego", afirmou.

A taxa de desemprego subiu para os 7% em junho, mais 1,1 pontos percentuais do que no mês precedente e mais 0,4 pontos percentuais do que no mesmo mês de 2019, segundo dados provisórios hoje divulgados.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a população empregada em junho (dados também provisórios) registou variações de 0,1% relativamente ao mês anterior e de -3,6% por comparação com o mesmo mês de 2019.

No final de uma reunião de trabalho que realizou com o reitor da Universidade da Beira Interior, na Covilhã, distrito de Castelo Branco, o líder centrista sublinhou a preocupação com o facto de os números do desemprego estarem a disparar e defendeu a ideia de que o "Governo começa mal" o trabalho de resposta à crise económica porque está a alterar mecanismos e instrumentos que funcionavam, como o 'lay-off' simplificado.

"O 'lay-off' simplificado não se quer um 'lay-off' complicado, portanto o Governo deveria manter o ?lay-off' simplificado até ao final de 2020 porque revelou-se uma ferramenta indispensável para dar oxigénio às empresas e poder salvar postos de trabalho", afirmou.

Sublinhando a máxima de que "em equipa que ganha, não se mexe", Francisco Rodrigues dos Santos voltou a defender que o Governo está a "complicar" com mais burocracia, novas regras e plataformas.

"Enfim, está a atrapalhar em vez de facilitar a vida aos empresários", acrescentou.

Defendeu ainda a necessidade de aplicarem medidas como a eliminação dos pagamentos por conta empresas do ano de 2020 e a criação de um mecanismo de acerto de contas, que permita injetar liquidez nas empresas através do pagamento das dívidas que o Estado mantém com os fornecedores.

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