Política

PAN considera vital Conselho Europeu encontrar valor que permita “plano de recuperação efetiva”

PAN considera vital Conselho Europeu encontrar valor que permita “plano de recuperação efetiva”
JOSÉ SENA GOULÃO

Porta-voz do PAN entende que o impasse na busca de um acordo para o relançamento europeu após a crise da covid-19 é “natural” uma vez que estão “vários interesses em jogo”

O porta-voz do PAN considerou esta segunda-feira "fundamental" que o Conselho Europeu acorde "um valor que dê corpo a um plano de recuperação efetiva" dos estados-membros, e que as verbas sejam aplicadas a partir do início do próximo ano.

"Eu acho que é fundamental conseguirmos chegar a um determinado valor que, podendo não ser o ideal, que consigamos aqui ter um mecanismo de recuperação económica sem precedentes", disse André Silva, em declarações aos jornalistas, em Lisboa.

O líder do Pessoas-Animais-Natureza considerou que o impasse na busca de um acordo para o relançamento europeu após a crise da covid-19 "é natural" uma vez que "estão aqui vários interesses em jogo" e "têm havido aqui vários obstáculos de vários países".

"Para nós, o mais importante é que haja neste preciso momento um valor que dê corpo a um plano de recuperação efetiva e que não esperemos muito mais, pelo menos neste fase, para que essas verbas seja disponibilizadas, para que até ao final do ano, ou pelo menos para que a partir de janeiro de 2021, essas verbas possam começar a ser aplicadas nas economias", assinalou.

André Silva apontou igualmente que "há uma vontade de chegar a um consenso ou, pelo menos, a uma conclusão".

"E estou em crer que ainda hoje teremos notícias de que conseguiremos, pelo menos, que uma parte significativa daquilo que são as verbas a fundo perdido, que são fundamentais para a recuperação dos vários países da União Europeia tenha bom porto", acrescentou.

O plenário do Conselho Europeu, que decorre em Bruxelas em busca de um acordo para o relançamento europeu após a crise da covid-19, será retomado à tarde.

De acordo com fontes europeias, sobre a mesa estará uma proposta que mantém o montante global do Fundo de Recuperação em 750 mil milhões de euros -- como propunha a Comissão --, com os subsídios a fundo perdido a pesarem 390 mil milhões de euros, montante que já terá tido 'luz verde' dos 27.

Tanto o plano franco-alemão como a proposta da Comissão Europeia defendiam subvenções num montante de 500 mil milhões de euros, algo rejeitado pelos chamados países 'frugais' (Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca), que exigiam que as subvenções ficassem abaixo dos 400 mil milhões de euros.

O objetivo de Charles Michel para esta madrugada passou, então, por tentar 'fechar' o Fundo de Recuperação, deixando as negociações sobre o Quadro Financeiro Plurianual da União de 2021-2027 para depois de algumas horas de sono, esta tarde.

Reunidos desde sexta-feira de manhã, os líderes europeus não lograram ainda chegar a um acordo sobre o próximo quadro orçamental para 2021-2027 e o Fundo de Recuperação, os pilares do plano de relançamento da economia europeia para superar a crise da covid-19.

O terceiro dia da cimeira, no domingo, foi o mais longo até ao momento, num total de mais de 20 horas de negociações sem interrupções, tanto à margem, como em plenário.

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