A declaração levantou dúvidas, tanto que o próprio primeiro-ministro sentiu necessidade de explicar melhor as suas palavras no Twitter. Esta terça-feira, António Costa, de visita ao homólogo húngaro Viktor Orbán, separou a questão da atribuição de fundos europeus para responder aos efeitos da pandemia do desrespeito pelo Estado de Direito na Hungria.
Os abusos no país de Orbán têm vindo a ser amplamente noticiados e denunciados, nomeadamente pelos socialistas europeus. Mas, para Costa, essas questões “centrais” relativas à “liberdade e Estado de direito” não devem ser resolvidas bloqueando o acesso destes países aos fundos: “Porque não se trata de discutir valores e dinheiro. Os valores não se compram”. A resposta deve passar pelo processo formalmente previsto no artigo 7º do tratado da União Europeia, e que tem a ver com a suspensão de alguns direitos, incluindo ao voto, nas instituições europeias.
As reações não se fizeram esperar mas, a nível oficial, são vários os partidos que se mostram tímidos ou que não respondem diretamente à questão.
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