Política

PCP contra reprivatização da Efacec

Direção regional do PCP do Porto defende que a empresa deve manter-se nas mãos do Estado e contesta intenção do governo para a sua reprivatização futura. Partido avança que irá promover a apreciação parlamentar do decreto-lei promulgado pelo Presidente da República para tentar impedir a futura reprivatização Efacec

PCP contra reprivatização da Efacec

Isabel Paulo

Jornalista

Após ter defendido na Assembleia da República a nacionalização da Efacec, o PCP adverte agora o Governo que esta é uma empresa estratégica para o país, uma das mais importantes no âmbito da indústria transformadora nacional, razão pela qual o partido avança desde já que é contra a sua reprivatização futura.

A direção regional do PCP do Porto, lembra que a Efacec envolve mais de 2000 trabalhadores “e da qual dependem dezenas de micro, pequenas e médias empresas, em particular na região norte”. Em comunicado, os comunistas referem que com a sucessiva degradação da situação financeira da empresa ao longo dos últimos meses, “ficou claro que, sem uma intervenção pública e ficando a empresa à mercê dos interesses privados, o seu futuro estaria comprometido”.

Para o PCP, a decisão do Governo, esta quinta-feira, de avançar com a nacionalização e posterior reprivatização da Efacec, tendo o respectivo decreto-lei sido já promulgado pelo Presidente da República, não responde aos interesses nacionais. “O PCP não pode estar de acordo que sejam mobilizados agora milhões de euros de recursos públicos para responder às pressões e exigências dos credores, sobretudo da banca, para mais adiante a voltar a entregar nas mãos do grande capital”, sustenta o partido, que acrescenta que a nacionalização definitiva da Efacec é a melhor solução para resolvendo os problemas de tesouraria da empresa e garantir os direitos dos trabalhadores, “integrando-a no Sector Empresarial do Estado e num projecto de desenvolvimento nacional”.

Neste sentido, o PCP adianta que irá promover a apreciação parlamentar do decreto-lei em questão para que a Assembleia da República possa impedir a futura reprivatização da Efacec.

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