Marcelo admite travar ajuntamentos com "medidas mais duras" das autoridades e queixas ao MP

Presidente da República avisa que, se for necessário, serão tomadas medidas para determinadas localidades ou "mais duras"
Presidente da República avisa que, se for necessário, serão tomadas medidas para determinadas localidades ou "mais duras"
O Presidente da República avisou que esta é a fase de dissuadir e apelar, mas que se for necessário serão tomadas medidas para determinadas localidades ou "mais duras" para impedir ajuntamentos devido à pandemia.
Em declarações aos jornalistas no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, antes de assistir ao concerto comemorativo do 28º aniversário da Orquestra Metropolitana de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o que será preciso fazer para sensibilizar os jovens para não adotarem comportamentos de risco, como as recentes festas. "A questão aplica-se aos jovens - eu falei nos jovens porque eles podem ser um bom exemplo -, mas aplica-se a todos. Na medida em que for necessário, se for muito necessário, terá de se aplicar medidas proporcionais ao que é necessário", respondeu.
Apesar de estarmos numa "fase de tentar apelar e dissuadir", reconhece o presidente, "é evidente que se houver casos pontuais, específicos, em que haja necessidade de tomar medidas para determinadas localidades ou áreas de freguesias ou haja necessidade de tomar medidas mais duras em termos de intervenção das autoridades para impedir ajuntamentos e para responsabilizar por ajuntamentos, multiplicam-se as participações ao Ministério Público e as pessoas percebem - os jovens e não jovens - percebem que começam a ter um problema grave em cima dos seus ombros", avisou.
Na perspetiva de Marcelo Rebelo de Sousa todos percebem que se está a fazer "uma abertura com cuidado, com cautela para não prejudicar a generalidade dos portugueses", e "se há minorias, qualquer que seja a idade, que criam problemas à generalidade dos portugueses e não cumprem as regras, terá de se aplicar as regras e o rigor será tanto maior quanto mais for a necessidade de ser rigoroso", considerou.
Já este sábado o primeiro-ministro, António Costa, havia referido que se for preciso dar passos atrás no desconfinamento o fará, mas prefere controlar a situação, considerando que a melhor forma de solidariedade e de retoma é todos cumprirem as regras.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt