PS vai a eleições em julho e marca congressos para setembro. Só o nacional fica para o ano
Os socialistas vão retomar as eleições internas já no próximo mês. Eleições dos órgãos internos foram adiadas por causa da pandemia.
Os socialistas vão retomar as eleições internas já no próximo mês. Eleições dos órgãos internos foram adiadas por causa da pandemia.
Coordenadora de Política
A pandemia causada pelo novo coronavírus suspendeu os processos de eleição interna dentro do PS em março. Agora, com a pandemia a acalmar, menos na região de Lisboa e Vale do Tejo, os socialistas consideram estarem reunidas as condições para elegerem os presidentes das federações regionais. Não há data ainda, no entanto, para a eleição do secretário-geral. O congresso nacional será apenas para o ano.
A Comissão Permanente do partido decidiu esta noite que nos dias 17 e 18 de Julho se realizarão as eleições para presidentes de federação do partido, uma eleição que deveria ter ocorrido em março.
Além disso, os congressos federativos que estavam marcados foram também suspensos. O PS marca-os agora para 12 e 13 de Setembro.
A decisão é final, mas o partido irá ratificá-la em Comissão Nacional -. o órgão máximo do partido entre congressos - que será realizada no dia 4 de Julho.
Num comunicado enviado às redacções, a direcção do PS diz que "entende que estão reunidas as condições para reinício dos processos democráticos internos e asseguradas as condições sanitárias para a realização daqueles atos". Serão no entanto actos eleitorais diferentes. Tal como os restantes eventos que reúnam um número alargado de pessoas, deverão "respeitar as devidas condições de distanciamento social, proteção individual com máscara, higienização dos espaços eleitorais e não realização de ajuntamentos de mais de 10 pessoas", lê-se no comunicado.
Já no que aos congressos diz respeito, o PS diz que a seu tempo informará em que circunstâncias se irão realizar.
Depois do PCP, que voltou aos comícios este mês, agora é o PS a dar mostras que quer voltar à normalidade da política interna do partido. Contudo, ficará ainda por realizar a eleição do secretário-geral do partido e o congresso nacional, de maior envergadura, que estava marcado para maio deste ano e foi já remetido para 2021 pelo presidente do partido, Carlos César - uma decisão que irritou alguns socialistas, nomeadamente Ana Gomes ou Francisco Assis que não aceitam que o congresso se realize depois das eleições presidenciais.
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