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Em 2015, António Costa queria o Banco de Portugal “acima da conflitualidade política”. E sem “governamentalização”

António Costa e Mário Centeno
António Costa e Mário Centeno

Admitindo querer nomear Centeno para o Banco de Portugal, António Costa disparou contra a "perseguição" da oposição e avisou o líder da oposição para as suas contradições nesta polémica. Mas em 2015, quando era líder da oposição, Costa pediu outra coisa a Passos. Entre Costa, Rui Rio e até Marques Mendes, não faltam acusações, nem contradições. A dúvida, agora, é se insiste em Centeno mesmo com escasso apoio político.

Em 2015, António Costa queria o Banco de Portugal “acima da conflitualidade política”. E sem “governamentalização”

Liliana Coelho

Jornalista

Aberta a guerra dos partidos da oposição à escolha de Mário Centeno para governador do Banco de Portugal, António Costa passou ao contra-ataque: esta segunda-feira, logo depois da cerimónia que ditou a substituição de Centeno nas Finanças, o primeiro-ministro manifestou-se incomodado com aquilo que considera ser uma "perseguição" do Parlamento ao seu ex-ministro (por ameaçar com uma lei para impedir a ida do ex-ministro das Finanças para o Banco de Portugal) e garantiu que Centeno reúne "todas as condições" para o cargo. Costa ainda atirou sobre a "incoerência" de Rui Rio, que há alguns meses admitiu em tese a nomeação. Mas a verdade é que, há cinco anos, António Costa tinha também uma posição bastante diferente em relação à necessidade de independência do regulador.

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