Na opinião do presidente do CDS, “não há diferença alguma entre a dinamitação dos Budas de Bamiyan pelos Talibãs, da destruição do museu de Mosul e de Palmira pelo Estado Islâmico, e a onda de vandalismo e terrorismo cultural que parece ter agora chegado a Portugal, pela mão cobarde de uma certa extrema-esquerda que não dá a cara”.
Francisco Rodrigues dos Santos reagiu assim ao ato de vandalismo dirigido esta quinta-feira contra a estátua de Padre António Vieira, instalada no Largo Trindade Coelho (Bairro Alto), em Lisboa, pintada em tons de vermelho, com palavra descolonização escrito a letras garrafais na base e corações sobre o peito de crianças indígenas.
Para o líder do CDS, os responsáveis pela “vandalização cobarde da estátua do Padre António Vieira, o maior vulto português do século XVII, o Imperador da Língua Portuguesa” são movidos “pela cultura do ódio, pela ignorância e por agendas que pretendem fazer um insulto gratuito à nossa História”.
“No fundo, só estão interessados em julgar o passado à luz de ideologias presentes, recorrendo ao anacronismo e à aplicação de um critério de julgamento moral do passado. Uma nova forma de politicamente correcto ou de historicamente correcto”, acrescenta.
Francisco Rodrigues dos Santos pede também mão pesada para os autores, “manipuladores” e membros ativos do “terrorismo cultural” em curso, defendendo que é preciso “fazer com que a lei e a ordem se cumpram”.
A terminar, o líder do CDS deixa uma promessa: “Esperamos que até amanhã a CML limpe a estátua do Padre António Vieira. Se tal não acontecer, eu próprio, com uma equipa do CDS PP e da Juventude Popular, trataremos de fazer esse trabalho.”
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