Há duas semanas, António Costa convidou um gestor, independente do PS, para uma missão imprevisível: preparar um programa de recuperação económica para o país. António Costa Silva, engenheiro de minas de formação, nunca antes se tinha metido na política, muito menos em assuntos de governação. É há muitos anos presidente executivo da Partex, a empresa petrolífera que durante décadas foi a principal financiadora da Fundação Gulbenkian (e que foi vendida há um ano). Nestes últimos 15 dias, Costa Silva tornou-se uma espécie de “paraministro”: o chefe de Governo falou com todos os membros do seu executivo e explicou-lhes que Costa Silva iria reunir com cada um deles para definirem os programas que estão previstos ou programados e que devem cair, ficar ou nascer.
Do ponto de vista político, a missão é de enorme sensibilidade: Costa Silva não faz oficialmente parte do Governo, mas já acompanhou Costa em reuniões com empresários e já começou as reuniões com cada um dos ministros, sabendo que vai condicionar toda a governação dos próximos anos. A primeira reunião foi com Matos Fernandes, ministro do Ambiente, para garantir que a sua posição (gestor de uma petrolífera) e currículo não seriam incompatíveis com a agenda de combate às alterações climáticas.
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