Bruxelas apresenta esta quarta-feira as propostas para o Fundo de Recuperação e o próximo orçamento comunitário. Eis o que já se sabe e o que ainda precisa de ser esclarecido.
A Comissão Europeia tentará guardar até ao fim o segredo sobre os valores e a dimensão do plano de recuperação, bem como a divisão dos montantes que serão distribuídos através de empréstimos ou a fundo perdido. "Os números só serão apresentados esta quarta-feira", repetiu o porta-voz do executivo comunitário Eric Mamer, sublinhado que a decisão ainda não está tomada e que a proposta apenas ficará fechada depois da reunião do colégio de comissários.
Ao que o Expresso apurou, alguns comissários deverão ainda defender na reunião desta quarta-feira que a Comissão siga a recomendação franco-alemã e proponha uma emissão de dívida de 500 mil milhões de euros, para serem transferidos para os países na forma de transferências diretas ou subvenções. Esta semana, também o representante da Comissão Europeia na Áustria adiantava à agência de notícias austríaca (citado pelo Politico.ue) que Bruxelas avançaria com uma proposta de Fundo de Recuperação de meio bilião, a ser gasto em dois anos, entre empréstimos e subsídios, sobretudo em subsídios.
No entanto, não é certo que seja esse o resultado final, que deverá incluir uma componente de empréstimos e mobilizar muitos milhares de milhões. A promessa de Ursula von der Leyen é a de um instrumento na casa dos biliões, a juntar ainda a um outro bilião, o do Orçamento Comunitário para os próximos sete anos.
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