Exclusivo

Política

Presenças-fantasma. Da falta de Silvano à acusação de Mercês, resta saber o que acontece a uma deputada

Presenças-fantasma. Da falta de Silvano à acusação de Mercês, resta saber o que acontece a uma deputada
António Pedro Ferreira

A polémica das presenças-fantasma no Parlamento começou com a revelação do caso de José Silvano pelo Expresso. O deputado do PSD desdobrou-se em versões que não batiam certo. Situação causou mal-estar no partido e no Parlamento que se viu obrigado a tomar medidas. Mas, afinal, era só a ponta do icebergue. Mercês Borges, uma ex-deputada que votou por um colega, já foi acusada. Falta saber o destino do processo de Emília Cerqueira, a representante do Alto Minho que marcou a presença de Silvano

Presenças-fantasma. Da falta de Silvano à acusação de Mercês, resta saber o que acontece a uma deputada

Liliana Coelho

Jornalista

O escândalo das presenças-fantasma no Parlamento continua a ter consequências, ano e meio depois de o primeiro caso ter sido revelado pelo Expresso. Sabe-se agora que a ex-deputada do PSD, Maria das Mercês Borges, foi acusada dos crimes de falsidade informática agravada e de abuso de poder, por ter registado a presença do deputado Feliciano Barreiras Duarte na Assembleia da República, na sequência de uma queixa-crime apresentada pela Iniciativa Liberal (IL), segundo avançou a Visão a semana passada. A polémica, no entanto, tinha começado antes de se conhecer este caso, quando o Expresso noticiou que o secretário-geral do PSD, José Silvano, tinha presenças registadas mesmo sem ter estado no plenário.

O caso foi marcado por contradições, avanços e recuos, afetou a imagem da Assembleia da República e do partido liderado por Rui Rio. Mas ainda não se sabe em que ponto está o processo de Emília Cerqueira, constitu
ída arguida ao mesmo tempo de Mercês Borges, por ter assinalado a presença de José Silvano no plenário. Questionada pelo Expresso, a deputada do PSD eleita por Viana do Castelo recusou adiantar qualquer informação: "Não tenho nada a dizer. Nunca falei sobre o processo, não é agora que vou falar", respondeu visivelmente irritada. O inquérito encontra-se em investigação no DIAP de Lisboa, não tendo ainda saído o despacho final. Está em segredo de justiça externo.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: lpcoelho@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate