O escândalo das presenças-fantasma no Parlamento continua a ter consequências, ano e meio depois de o primeiro caso ter sido revelado pelo Expresso. Sabe-se agora que a ex-deputada do PSD, Maria das Mercês Borges, foi acusada dos crimes de falsidade informática agravada e de abuso de poder, por ter registado a presença do deputado Feliciano Barreiras Duarte na Assembleia da República, na sequência de uma queixa-crime apresentada pela Iniciativa Liberal (IL), segundo avançou a Visão a semana passada. A polémica, no entanto, tinha começado antes de se conhecer este caso, quando o Expresso noticiou que o secretário-geral do PSD, José Silvano, tinha presenças registadas mesmo sem ter estado no plenário.
O caso foi marcado por contradições, avanços e recuos, afetou a imagem da Assembleia da República e do partido liderado por Rui Rio. Mas ainda não se sabe em que ponto está o processo de Emília Cerqueira, constitu ída arguida ao mesmo tempo de Mercês Borges, por ter assinalado a presença de José Silvano no plenário. Questionada pelo Expresso, a deputada do PSD eleita por Viana do Castelo recusou adiantar qualquer informação: "Não tenho nada a dizer. Nunca falei sobre o processo, não é agora que vou falar", respondeu visivelmente irritada. O inquérito encontra-se em investigação no DIAP de Lisboa, não tendo ainda saído o despacho final. Está em segredo de justiça externo.
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