Alguns trabalhadores estão há 50 dias sem folgar, disse o presidente do Instituto de Segurança Social. E ouvem as críticas e calam-se. “Nunca reagiram a críticas”, acrescenta Rui Fiolhais. Em tempos de pandemia que fechou o país, além do Serviço Nacional de Saúde, a outra frente de combate trava-se na Segurança Social, que tem sido alvo de críticas por causa de atrasos nos pagamentos dos apoios extraordinários, sobretudo a empresas. Com a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social debaixo de fogo de críticas, o primeiro-ministro foi ao epicentro da resposta social, com Ana Mendes Godinho ao lado, fazer a defesa da ministra, do sistema - ao mesmo tempo que atacava quem o queria destruir - e dos trabalhadores. “É uma linha da frente menos visível do que a que está nos hospitais, mas aqui também se trata de salvar vidas”, disse.
A defesa concentra-se num número: 187. Cento e oitenta e sete anos seria o tempo que a Segurança Social levaria a processar os pedidos de apoio extraordinário que chegaram em mês e meio se o fizesse ao ritmo do tempo pré-pandemia. “Era” o tempo que levaria, mas não foi, salientou António Costa, porque os trabalhadores “estão a dar o litro”. “Temos de ser justos em relação ao esforço extraordinário que a Segurança Social está a fazer”, reforçou.
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