Já a noite ia longa no último Eurogrupo quando Mário Centeno pôs as coisas mais ou menos nestes termos: podemos andar aqui a discutir palavras, mas esta é a altura para saber se estamos dispostos a um compromisso político. O mesmo irá agora acontecer no Conselho Europeu que tem como objetivo aprovar os três mecanismos de resposta rápida, no valor de 540 mil milhões de euros, e começar a traçar o que será o fundo de recuperação económica dos países europeus, que Mário Centeno disse que poderia ter “doze zeros”, como quem diz que chega ao bilião. A pergunta voltará então a ecoar: conseguirão os líderes dos 27 chegar a um consenso sobre como desenhar o fundo de retoma económica ou ficarão presos às palavras como “mutualização”, “eurobonds”?
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