
Em duas semanas, o Governo passou do otimismo para o ultrarrealismo. O verão ainda é uma incógnita. O problema é a fadiga do confinamento.
Em duas semanas, o Governo passou do otimismo para o ultrarrealismo. O verão ainda é uma incógnita. O problema é a fadiga do confinamento.
Coordenadora de Política
Marcelo tinha marcado o Conselho de Estado para declarar emergência nacional e António Costa quis ir preparado. Na quarta-feira, ainda antes de começar a reunião por videoconferência com o Presidente e seus conselheiros, Costa sentou-se à mesa, seguindo as regras de distanciamento social, com uma equipa da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Ricardo Jorge (IRJ), pedindo-lhes um retrato e um cenário realista da evolução do surto em Portugal.
A sessão com os técnicos foi dura: não há ainda dados sobre se as primeiras medidas tomadas em Portugal travaram os contágios, porque só daqui a uma semana será possível perceber se houve um desacelerar do ritmo de crescimento dos contágios; não há sequer certezas entre os epidemiologistas de que não possa haver uma segunda vaga de contágios; muito menos sobre quando é que pode haver vacina. Sabendo disto, Costa quis passar a mensagem de absoluto realismo ao Conselho de Estado — foi assim que fechou a reunião. E também o quis dizer aos portugueses, na sessão que se seguiu no Parlamento, onde se oficializou a declaração de emergência.
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