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Impasse na escolha de juízes torna Constitucional mais imprevisível na eutanásia

Impasse na escolha de juízes torna Constitucional mais imprevisível na eutanásia

PS espera que juízes indicados reforcem uma maioria pró-eutanásia no Constitucional. Mas Rio não se atravessa pela nomeação e deixa escolha nas mãos dos deputados. Composição atual não dá garantias

Impasse na escolha de juízes torna Constitucional mais imprevisível na eutanásia

Liliana Valente

Coordenadora de Política

Rui Rio não fará campanha na sua bancada parlamentar pela nomeação de Vitalino Canas e Clemente Lima para juízes do Tribunal Constitucional (TC). A composição do TC será determinante para apreciar a lei da eutanásia que tem como destino quase certo o crivo dos juízes do Palácio Ratton: se Marcelo Rebelo de Sousa não enviar o diploma que lhe chegar a Belém, há outras vias em aberto para o articulado chegar ao Constitucional (ver texto ao lado). Os dois nomes foram escolhidos pelo PS para ocuparem as vagas em aberto, mas têm ainda de ir a votos e ser aprovados pelo Parlamento, por voto secreto em urna. Como precisam de uma maio­ria de dois terços, o apoio de uma grande fatia de deputados sociais-democratas é fundamental. Mas esse apoio está longe de estar garantido.

Desafiado a pronunciar-se em concreto sobre se votará favoravelmente os candidatos a juízes, Rui Rio, através de fonte oficial, fez saber que o seu “voto é secreto [e em urna], tal como o dos outros deputados”. Daí se pode depreender o seguinte: o líder social-democrata dará liberdade de voto aos seus deputados e não fará pressão para que os nomes de Vitalino Canas e Clemente Lima sejam aprovados. Um fator de total imprevisibilidade que se junta a uma certeza: sem ter havido negociação por parte do PS, os 19 deputados do Bloco votarão contra; e não é expectável que os partidos de direita façam diferente.

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