Cavaco vê aprovação da eutanásia como “grave erro moral” e pede referendo

Cavaco Silva considera que "o mínimo que a Assembleia da República deve fazer é perguntar diretamente aos portugueses"
Cavaco Silva considera que "o mínimo que a Assembleia da República deve fazer é perguntar diretamente aos portugueses"
Cavaco Silva voltou ao espaço público para se colocar ao lado daqueles que estão contra a eutanásia e fala em “grave erro moral” caso essa opção seja tomada pelos deputados. O ex-governante diz que “o mínimo” é o referendo.
As declarações do ex-Presidente da República foram feitas em entrevista à Rádio Renascença esta quarta-feira. “Considero a legalização da eutanásia a decisão mais grave para o futuro da nossa sociedade que a Assembleia da República pode tomar. É abrir uma porta a abusos na questão da vida ou da morte de consequências assustadores”, disse aos microfones daquela rádio.
E continuou: “Os deputados não podem tratar com leviandade o bem mais precioso de cada indivíduo, a vida. Não procurem enganar os portugueses dizendo que é uma questão de consciência. É, sim, um retrocesso no nosso sistema de valores”.
Cavaco Silva considera que “o mínimo que a Assembleia da República deve fazer é perguntar diretamente aos portugueses, através de um referendo, se concordam ou não que continue a ser um crime um médico provocar a morte de outra pessoa”.
O debate sobre a morte assistida terá lugar no Parlamento no próximo dia 20.
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