A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) lamentou esta segunda-feira a morte de Álvaro Barreto, que recordou como o ministro responsável pela aplicação da Política Agrícola Comum (PAC) em Portugal. "Álvaro Barreto desempenhou as exigentes e importantes funções de ministro da Agricultura entre os anos de 1984 e 1990, coincidindo esse período com a adesão de Portugal à então CEE [Comunidade Económica Europeia]", lembrou o presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa.
A confederação notou que se deve a Álvaro Barreto a "negociação e introdução" da PAC em Portugal, que representou "um salto qualitativo importante para a modernização, qualificação e competitividade" do setor agrícola português.
Eduardo Oliveira e Sousa recordou também o antigo ministro como "protagonista na reversão da lei da reforma agrária, permitindo a recuperação de muitas propriedades ocupadas no período mais negro da revolução" e o seu papel "de relevo" na dinamização do projeto de investimento do Alqueva.
"Cumpre à CAP dirigir sentidos pêsames aos seus familiares, manifestando um profundo reconhecimento ao homem e ao político, pelo sentido de Estado, de missão e de dever que demonstrou ao longo da sua intensa e duradoura carreira", concluiu.
O ex-ministro do PSD Álvaro Barreto morreu esta segunda-feira aos 84 anos, confirmou à agência Lusa um antigo governante social-democrata. Fonte do PSD adiantou à agência Lusa que o velório de Álvaro Barreto, que morreu ao princípio da tarde de hoje, está previsto para terça-feira à tarde, na Igreja do Campo Grande, em Lisboa.
Álvaro Barreto foi ministro de sete governos constitucionais, com Carlos Alberto Mota Pinto, Francisco Sá Carneiro, Pinto Balsemão, Mário Soares, Cavaco Silva (duas vezes) e Pedro Santana Lopes.
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