
Rui Rio quer chegar ao poder. Soma derrotas, mantém-se inabalável e alimenta o mito. Sobreviveu ao partido. Ganhará o país?
Rui Rio quer chegar ao poder. Soma derrotas, mantém-se inabalável e alimenta o mito. Sobreviveu ao partido. Ganhará o país?
Os primeiros sinais eram preocupantes mesmo à luz das expectativas criadas. O PSD ia perder, perder por muitos, e ficar perto dos seus mínimos históricos. Nem o tal “resultado honroso”, em linha com ou ligeiramente acima dos 28%, aquele que o núcleo duro tinha definido como patamar mínimo de sobrevivência, estava garantido — não só não estava como não seria atingido. Nas cinco horas que passou no 18º andar do Hotel Marriott, transformado em quartel-general da direção social-democrata, Rui Rio manteve-se praticamente “esfíngico”, conta ao Expresso quem com ele partilhou esses momentos. À medida que a noite avançava e que os analistas políticos desfilavam pela televisão comentando o “desastre” eleitoral do PSD, o líder social-democrata reservava para si grande parte do que lhe ia na alma. É (quase) sempre assim. Rio gosta de ouvir, mas raramente diz o que pensa antes de tomar uma decisão. Pede opiniões, muitas vezes despidas de contexto, sem que os seus confidentes percebam exatamente onde quer chegar. E há um momento, todos sabem, que é de introspeção. Quando decide, a margem para mudar de ideias é quase nula. Os que não morrem de amores pela figura falam num “líder teimoso, de vistas curtas, sem sentido tático”. Os que o apoiam louvam-lhe a “convicção” com que defende as suas ideias até à última consequência. Quando acha que está no caminho certo, há poucas coisas que o perturbem. “Rui Rio é estrategicamente rígido, pouco flexível. Tem convicções e não muda de posição ao sabor do vento”, explica David Justino, vice-presidente do PSD e um dos principais conselheiros do líder.
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