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Política

Orçamento. Esquerda de mãos livres para coligações negativas

António Costa e Mário Centeno
António Costa e Mário Centeno

O Orçamento foi aprovado, mas a esquerda não garante viabilizar todas as medidas do Governo. Centeno avisou contra bloqueios

No final do primeiro dia de debate do Orçamento do Estado (OE) para este ano, António Costa levantou-se e, já com o hemiciclo a ficar vazio, foi sentar-se ao lado de João Oliveira, líder parlamentar do PCP. A imagem de quinta-feira à noite teve o significado político que o primeiro-ministro quis dar ao orçamento inaugural da nova era ‘pós-geringonça’: fechar tudo primeiro com os comunistas, garantir que o OE passava na primeira votação e só depois dar “garantias reais” ao Bloco de Esquerda, para não o deixar de fora. Assim foi. O OE passou com a aprovação do PS, a abstenção dos três deputados do PSD-Madeira e de toda a esquerda (BE, PCP, PAN e Livre), uma estreia para comunistas e bloquistas. E com a direita unida a votar contra.

A proposta final, porém, ainda vai dar muitas voltas no Parlamento. Nas negociações, esquerda e Governo concentraram-se no que os une: ainda assim, PCP e BE mantêm liberdade para votar outras propostas, podendo formar maiorias negativas. Não foram colocadas linhas vermelhas ou limitações por parte do Governo, apesar dos avisos de Mário Centeno. “Nunca foram nem serão assumidos quaisquer compromissos que condicionem a independência do PCP nas propostas que apresenta ou nas suas votações”, disse ontem ao Expresso João Oliveira, líder parlamentar do PCP, já depois das votações.

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