Política

OE2020. Bloco vai bater-se pela redução do IVA da luz e do gás para 6%

OE2020. Bloco vai bater-se pela redução do IVA da luz e do gás para 6%
MIGUEL RIOPA

Catarina Martins garante que o Bloco de Esquerda vai continuar a pressionar os socialistas para avançarem com a redução do IVA da energia para a taxa mínima. Aplicação das 35 horas semanais no privado será outra prioridade para os bloquistas

A coordenadora do Bloco de Esquerda não desiste de proposta que chegou a ser negociada na anterior legislatura, mas que acabou por cair: a redução do IVA da luz para a taxa mínima de 6%.

Em entrevista ao DN e à TSF, Catarina Martins defendeu a urgência da medida e explicou porquê. “O IVA está na taxa máxima, a energia é um bem essencial que deve ir para a taxa mínima, mas não só para as empresas. Deve ir para a taxa mínima para toda a gente. Estamos a falar de uma medida que teria um impacto em toda a gente que vive neste país, muito grande e muito positivo para a economia porque quanto menos se pagar pela luz ou pelo gás, mais fica de salário e de pensão”, sublinhou.

Assumindo, mais uma vez, que uma das prioridades do Bloco é reverter parte da legislação laboral adotada durante o período de intervenção da troika, Catarina Martins sinalizou a aplicação das 35 horas semanais no sector privado como essencial para o crescimento da economia. “Os salários têm de subir, o salário mínimo e os outros; tem de haver contratação coletiva; os horários de trabalho devem descer — cria-se emprego, as várias gerações encontram-se, cruzam-se e a economia fica qualificada”, disse.

Outro sinal para António Costa: o Bloco de Esquerda, reforçou Catarina Martins, não subscreverá qualquer compensação para as empresas pelo aumento do salário mínimo nacional. “As empresas não têm de ser compensadas por aumentarem o salário mínimo. A obrigação das empresas é pagarem salários dignos que distribuam a riqueza que é produzida pela empresa.”

Nessa mesma entrevista, Catarina Martins deixou duas notas sobre presidenciais: a certeza de que o Bloco de Esquerda apresentará um candidato nas próximas eleições e uma crítica aos socialistas, que podem vir a apoiar um “homem de direita”, Marcelo Rebelo de Sousa. “Acho um pouco estranho que o PS subscreva uma agenda política que é diferente daquela que, tradicionalmente, o PS apoia. Ou então talvez não seja. Mas isso é uma explicação que o PS tem de dar”, deixou no ar a bloquista.

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