
O tempo das maiorias absolutas acabou na Madeira. Se houver maioria de esquerda, o BE está disponível para um acordo com o PS
O tempo das maiorias absolutas acabou na Madeira. Se houver maioria de esquerda, o BE está disponível para um acordo com o PS
Jornalista da secção Política
Há uma certeza sobre as eleições regionais da Madeira, a 22 de setembro: ganhe o PSD ou o PS (pela primeira vez esta dúvida existe), acabou o tempo das maiorias absolutas. As atenções concentram-se nos dois candidatos à presidência do governo regional, mas também nos partidos que podem completar uma maioria. CDS e BE surgem como os candidatos óbvios para coligações mas, num Parlamento que deverá ficar fragmentado, cada deputado pode fazer a diferença. Concorrem 17 partidos, e sete ou oito têm a expectativa de eleger. A fasquia para ter uma cadeira na Assembleia Regional é baixa: há quatro anos, o BE elegeu dois deputados com 4850 votos. Na campanha que começa este fim de semana, convém ter um olho nos grandes e outro nos pequenos.
A presidência do governo regional será disputada entre Miguel Albuquerque, sucedeu a Alberto João Jardim há quatro anos, e o independente Paulo Cafôfo, que em 2013 surpreendeu ao conquistar a Câmara do Funchal para uma coligação liderada pelo PS. Esta vitória foi o empurrão que faltava para Jardim cair do pedestal — e a liderança do PSD-Madeira passou para Albuquerque, que em 2015 garantiu mais uma maioria absoluta, prometendo romper com o ‘jardinismo’. Passados quatro anos, fez as pazes com Jardim, que está de volta aos comícios. Quanto a Cafôfo, saltou da Câmara para a disputa do governo — o líder regional socialista é outro, Emanuel Câmara —, esperando repetir a façanha de 2013, agora em ponto grande, derrotando o “pi-ésse-dê” em toda a região.
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