
Direção do PSD sabe que, a menos de dois meses das legislativas, a distância para o PS é dramática. Rio vai apostar tudo nos debates com Costa e no voto útil à direita
Direção do PSD sabe que, a menos de dois meses das legislativas, a distância para o PS é dramática. Rio vai apostar tudo nos debates com Costa e no voto útil à direita
Jornalista
Com o partido a viver por estes dias uma paz podre só alimentada porque os mais sérios adversários de Rui Rio querem evitar qualquer pretexto de vitimização, num aspeto, detratores e fiéis concordam: vencer as próximas eleições está, no mínimo, no plano do improvável. Em tudo o resto, as duas partes discordam. Para os críticos, o atual momento do PSD é fruto dos erros de um líder que dividiu em vez de unir e que falhou olimpicamente em afirmar-se como oposição. A gestão que o presidente social-democrata fez da crise dos combustíveis foi só o último episódio a deixar uma parte da família laranja de cabeça perdida. Hugo Neto, líder demissionário da poderosa concelhia do PSD/Porto, disse em voz alta o que muitos vão repetindo em surdina: “A ausência total de PSD deixa um odor demasiado forte a incompetente arrogância”, e bateu com a porta. Carlos Carreiras, presidente da Câmara de Cascais, foi seco mas igualmente duro: “O PSD está há muito em greve de combate político”, escreveu no jornal “i”.
Para o núcleo duro de Rui Rio, este tipo de manifestações públicas é, precisamente, o que justifica o atual momento do partido. “Os erros estratégicos já foram todos cometidos. Se tivesse de escolher entre um partido que está balcanizado e em convulsão constante e o partido do Governo... O dano reputacional está causado. Não vai desaparecer”, lamenta um dos homens próximos de Rio.
Para continuar a ler o artigo, clique AQUI
(acesso gratuito: basta usar o código que está na capa da revista E do Expresso. Pode usar a app do Expresso - iOS e Android - para descarregar as edições para leitura offline)
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt