O PSD entende que o Governo assumiu, como lhe competia, o papel de mediador no conflito entre motoristas e patrões e até se diz disposto a "encontrar novos enquadramentos normativos” para regular o exercício do direito à greve. No entanto, os sociais-democratas não deixam de criticar o Executivo socialista pela “forma excessiva como se tem exposto perante a opinião pública no anúncio de medidas coercivas e de salvaguarda do funcionamento daqueles serviços”.
“Se o Governo quer ter sucesso no processo de mediação entre as partes, e se está verdadeiramente empenhado em encontrar uma saída para esta crise, seria avisado que o fizesse com mais recato e a constituir-se como mediador isento naquele diferendo. A atual conjuntura política pré-eleitoral não pode ser aproveitada para exercícios desproporcionados de autoridade”, critica o PSD.
Num comunicado enviado às redações, e assinado pelo vice-presidente David Justino, o PSD questiona também os verdadeiros fundamentos da greve. “A perspetiva de uma greve por tempo indeterminado, que afetará a vida dos portugueses e o funcionamento da economia com consequências graves para todos, merece da nossa parte as maiores reservas quanto à sua oportunidade e real contributo para a resolução do diferendo que entretanto se agudizou”, argumenta-se.
A terminar, os sociais-democratas garante que qualquer alteração que venha acontecer à lei da greve não será feita a reboque dos acontecimentos. “O processo legislativo tem o seu tempo próprio e exige ponderação e avaliação do quadro existente. Mudar a legislação ao sabor dos acontecimentos não é prática que se recomende”, retama Justino.
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