O primeiro-ministro, António Costa, pronunciou-se esta sexta-feira sobre a greve dos camionistas que deverá ter início no dia 12 de agosto, dizendo que “ninguém de bom senso compreende como é que se faz uma greve em agosto” deste ano “quando já estão acordados aumentos salariais para janeiro de 2019” e os outros aumentos reivindicados dizem respeito a 2021 e 2022. “Há um sentimento de revolta e incompreensão perante esta greve injustificável”, afirmou Costa aos jornalistas que o esperavam à saída do Museu Municipal de Loulé, onde esteve reunido com Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República.
Para “minorar o impacto da greve” na vida dos portugueses, Costa garantiu que o “Governo está preparado para adotar todas as medidas do ponto de vista legal e operacional”, nomeadamente no que diz respeito ao “abastecimento e escoamento de produtos agrícolas, mas também de supermercados, hospitais e todos os outros serviços”. “Obviamente que o direito à greve é um direito legítimo, mas deve ser usado com a devida razoabilidade”, disse ainda o primeiro-ministro, que não considera “saudável criar num país um sentimento de tanto antagonismo relativamente a uma luta que dificilmente as pessoas vão compreender”.
Está marcada para a próxima segunda-feira uma reunião entre o Governo, em concreto o Ministério das Infraestruturas e Habitação, e o Sindicato Nacional das Matérias Perigosas (SNMMP), e António Costa deposita toda a sua esperança nesse encontro. “Acredito que o bom senso irá prevalecer e que as partes vão conseguir chegar a um acordo.”
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