Política

PSD (também) promete aumentar salário mínimo

Joaquim Miranda Sarmento vai lançar um livro com as medidas que defenderá no PSD
Joaquim Miranda Sarmento vai lançar um livro com as medidas que defenderá no PSD
FOTO NUNO BOTELHO

Porta-voz do PSD para as Finanças elogia Mário Centeno, que diz ter sido "capturado" pelas circunstâncias da geringonça. Promete aumentar salários e progressões, só que menos do que o PS

PSD (também) promete aumentar salário mínimo

David Dinis

Diretor-adjunto

É o primeiro consenso que vai da esquerda à direita, em termos de programa eleitoral para a próxima legislatura. Joaquim Miranda Sarmento, porta-voz do PSD para a área das finanças públicas, diz numa entrevista ao DN e TSF que também Rui Rio quer aumentar o salário mínimo nacional. Só não diz quanto: "Neste momento em que a taxa de desemprego é muito baixa, ao contrário de há quatro anos em que a aposta no aumento do salário mínimo nacional tinha riscos dada a taxa de desemprego que rondava os 10%, temos de equacionar, se a economia portuguesa continuar a crescer nos 2% ou 2,5% em termos reais, se há margem para os salários poderem melhorar, até porque começa a haver alguma escassez de mão-de-obra e isso, obviamente, vai-se refletir no preço da mão-de-obra que são exatamente os salários."

O que o PSD não fará nesta campanha, ao contrário da esquerda, é fixar à partida um valor para esse aumento. "Não teremos uma proposta totalmente fechada porque isso obviamente é matéria de concertação social", anota o economista, numa entrevista em que fixa a diferença entre o programa socialista e o social-democrata: "O Governo quer gastar na máquina do Estado, nós queremos reduzir impostos."

Quanto aos funcionários públicos, o PSD prevê ter menos dinheiro do que os socialistas para olhar para eles na próxima legislatura. Mas garante que mesmo assim terá margem para aumentar os salários e fazer as progressões. Até para contratar, embora com mais critério (a palavra escolhida é "algum" reforço de pessoal, que há, diz, "excesso de pessoas em algumas áreas e falta de pessoas noutras áreas").

Mesmo assim, sobram os elogios a Mário Centeno. Sarmento diz que o atual ministro "não fez melhor porque a geringonça não o permitiu". Explicando que este terá sido "capturado por uma solução política que era o oposto daquilo que ele provavelmente defendia e o oposto daquilo que do ponto de vista da condução da política económica era aquilo que ele defendeu e escreveu no programa eleitoral". E o porta-voz do PSD ainda acrescenta um sublinhado pessoal: "Mário Centeno é um académico respeitado, é um economista com méritos e portanto, nesse ponto merece obviamente a minha apreciação positiva."

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: ddinis@expresso.impresa.pt

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