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Política

Lista de Catarina Martins contestada no Porto

A lista encabeçada por Catarina Martins está a ser criticada por um abaixo-assinado
A lista encabeçada por Catarina Martins está a ser criticada por um abaixo-assinado

Direção vetou nome de Santarém. Líder não teve a aprovação de 35% de votos na sua lista no Porto. Em plenário, noite fora, a votação foi menos divisiva: "só" 20% não votaram a favor

A direção nacional do Bloco de Esquerda está a ser acusada de “tentativa de ingerência” e de “pressão” sobre as distritais do partido, na escolha dos candidatos a deputados às próximas legislativas. Porto e Santarém estão em guerra aberta. Na distrital portuense, a lista encabeçada por Catarina Martins não foi aceite por 40% dos dirigentes locais (1 voto contra e seis abstenções).

Os números melhoraram na votação em plenário que se realizou noite fora (já depois do fecho da edição do Expresso), assegura a direção do partido, onde 80% votaram favoravelmente a lista e 20% decidiram não o fazer. Mas, em abaixo assinado, 73 bloquistas do Porto apelaram ao “debate para encontrar uma proposta de lista sem exclusões”.

Já em Santarém, o nome de Carlos Matias foi escolhido pelas bases para renovar o mandato de deputado, mas, num gesto inédito, a comissão política apresentou uma candidata alternativa e enviou o líder da bancada parlamentar para, hoje mesmo, ir ao plenário local acompanhar o processo de nomeação. “Uma pressão inaceitável”, dizem fontes do Bloco de Santarém.

Ninguém se lembra de uma situação semelhante vivida no BE. Pedro Filipe Soares vai ao Ribatejo acompanhar a escolha do cabeça de lista. O líder da bancada parlamentar pertence à distrital de Aveiro, por onde foi sempre candidato (menos nas últimas eleições, em que concorreu em segundo por Lisboa). De acordo com a estrutura local, o nome de Carlos Matias tinha sido já aprovado sem oposição no final de 2018 e confirmado sem votos contra pela direção distrital em fevereiro.

Este artigo foi atualizado às 18h00 deste sábado com as votações do plenário realizado depois do fecho do jornal e com números mais detalhados da votação anterior (onde o Expresso dizia que tinham sido 7 votos contra, explica-se que foi um contra e seis abstenções). A versão digital para assinantes mantém o texto original.

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