Marcelo deseja que Espanha “continue o seu percurso como grande democracia”
Presidente da República português diz que as “as relações entre os dois países nunca são afetadas pela evolução democrática normal em qualquer deles”
Presidente da República português diz que as “as relações entre os dois países nunca são afetadas pela evolução democrática normal em qualquer deles”
O Presidente da República escusou-se esta segunda-feira a comentar em Pequim o resultado das eleições legislativas em Espanha, mas expressou o desejo de que o país vizinho "continue o seu percurso como grande democracia, como grande economia".
"O que nós desejamos é que, como sempre, a Espanha continue o seu percurso como grande democracia, como grande economia, como grande país irmão, vizinho, e portanto, como sabem, com uma projeção na Europa e no mundo que é indiscutível", afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre as eleições espanholas deste domingo durante uma visita ao Templo dos Lamas, em Pequim, e recusou "comentar o que se passa em Espanha", por estar fora do país, adiantando que também não o faria "mesmo que estivesse em Portugal".
"É um assunto da vida política espanhola", justificou.
Em seguida, expressou o desejo de que o país vizinho "continue o seu percurso como grande democracia, como grande economia" e considerou que "aquilo que for bem para a Espanha é bom para a Europa e, naturalmente, é também bom para Portugal".
Interrogado se não teme que a indefinição política possa afetar as relações económicas entre Lisboa e Madrid, Marcelo Rebelo de Sousa respondeu que não, defendendo que "as relações entre os dois países nunca são afetadas pela evolução democrática normal em qualquer deles".
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) foi o mais votado nas eleições legislativas de domingo em Espanha, mas sem maioria absoluta, conquistando cerca de 29% dos votos e elegendo 122 dos 350 deputados do Parlamento.
O Partido Popular (PP) ficou em segundo lugar, com perto de 17% dos votos e 66 deputados, seguindo-se o Cidadãos, com 57 deputados, e o Unidas Podemos, com 42 deputados.
Este escrutínio, no qual foram já apurados 99,99% dos votos, ficou marcado pela entrada, pela primeira vez desde o fim da ditadura, da extrema-direita no parlamento espanhol, através do Vox, que obteve cerca de 10% dos votos e elegeu 24 deputados.
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