Aprovada a construção por ajuste direto da ala pediátrica no Hospital de São João
Todos os partidos estão de acordo: as obras devem começar o mais rapidamente possível
Todos os partidos estão de acordo: as obras devem começar o mais rapidamente possível
Jornalista
A polémica arrasta-se há meses, desde que foram noticiadas as más condições em que se encontravam as instalações em que são tratadas as crianças com cancro no Hospital de São João, no Porto. Agora, o Parlamento acaba finalmente de aprovar a solução vista como mais rápida para o assunto: a contratação de serviços para construir novas instalações por ajuste direto.
O assunto tem servido de arma política há muito, com trocas de acusações mútuas entre os partidos - a direita acusa o PS de deixar os serviços chegar a um estado de degradação inaceitável, os socialistas recordam que o anterior Governo "lançou a primeira pedra" das novas instalações mas que a construção não se chegou a concretizar. Fernando Negrão, líder parlamentar do PSD, chegou a discutir o assunto com António Costa durante um debate parlamentar em que prometeu que o PSD aprovaria qualquer medida que visasse corrigir rapidamente a situação do hospital.
Foi o que aconteceu esta terça-feira, depois de um pequeno percalço. Depois de todos os partidos terem votado a favor de uma proposta do BE para a construção de novas instalações, que previa ainda a construção de novos hospitais em Barcelos, Póvoa de Varzim e Algarve, chegou a proposta do PS que previa que essa construção acontecesse por ajuste direto e sem necessidade de visto prévio do Tribunal de Contas.
Inicialmente, houve alguma surpresa por o PSD ser o único partido a votar contra, contrariamente ao que tinha prometido. Afinal, tudo não passou de um engano, corrigido minutos depois, e todos os partidos se uniram para acelerar a medida - o Governo já tinha autorizado o lançamento de um concurso para as obras, mas que tinha sido considerado pelos pais das crianças "pouco claro". Agora, os serviços serão contratados sem concurso.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt