Política

Embaixador dos EUA vai recordar “com muita estima” as conversas com Soares

Embaixador dos EUA vai recordar “com muita estima” as conversas com Soares
José Carlos Carvalho

Robert Sherman lembra o antigo Presidente da República como “uma figura extraordinária” que “lutou pela democracia e Direitos Humanos”

Embaixador dos EUA vai recordar “com muita estima” as conversas com Soares

Helena Bento

Jornalista

O embaixador dos Estados Unidos em Portugal, Robert Sherman, lamentou este sábado a morte do antigo Presidente da República Mário Soares, que lembra, num comunicado enviado às redações, como “uma figura extraordinária que constantemente pôs o seu país em primeiro lugar” e que “lutou pela democracia e Direitos Humanos”.

“Armado apenas com uma licenciatura em direito e o seu forte empenho na liberdade, [Mário Soares] acabou por se tornar um líder entre aqueles que se opunham ao regime autoritário de António Salazar, e foi exilado pelos seus esforços neste sentido”, disse Robert Sherman, lembrando “os livros de história”. “Assim que pôde voltar a Portugal, depois da Revolução dos Cravos, trabalhou de forma incessante para evitar que Portugal caísse na esfera Soviética e num regime totalitário.”

O embaixador dos Estados Unidos em Portugal recordou ainda que Soares, assim que pôde voltar a Portugal, depois da Revolução dos Cravos, “trabalhou de forma incessante para evitar que o país caísse na esfera Soviética e num regime totalitário” e que passou muitas horas na sua residência a colaborar com o Embaixador Norte-americano Frank Carlucci para promover a democracia e os direitos humanos em Portugal. “O trabalho que estes dois grandes homens fizeram mudou o rumo da história e preparou o terreno para as actuais relações EUA-Portugal. A relação que criaram continua a ser fortalecida, e os laços entre as nossas duas grandes nações continuam a intensificar-se”, escreveu Robert Sherman.

“Tive o privilégio de conhecer Mário Soares durante a minha estadia aqui em Portugal. Convidava-me para falarmos de política e alertava-me sempre quando achava que os EUA podiam fazer melhor. Era um fervoroso defensor dos direitos humanos e da democracia e eu vou para sempre recordar com muita estima as nossas conversas”, concluiu o embaixador.

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