O Presidente da República vê como "muito importantes" para Portugal "os sinais que vão surgindo de crescimento na economia brasileira". Em declarações aos jornalistas, após um almoço com a Federação das Câmaras Portuguesas de Comércio no Brasil (que é presidida pelo seu filho, Nuno), Marcelo Rebelo de Sousa considera que esses sinais podem significar "aumento de comércio" entre os dois países.
O chefe de Estado adiantou que há, de resto, projetos (liderados pela AICEP) para aumentar a relação bilateral no plano dos investimentos, em vários domínios: construção civil, exploração de recusos naturais, PME's, start ups.
Questionado sobre se aconselharia as empresas portuguesas a investir no Brasil, depois do fracasso da fusão da PT com a Oi, o Presidente nem hesitou em dizer que "sim, aconselharia".Até porque, acrescentou "há domínios onde é possível ir mais longe na colaboração". Podem é não ser grandes empresas, referiu, mas "o Brasil é um mundo. Umas estão entrando no Rio, mas muitas estão a fixar-se no norte e no nordeste"
Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda aguardar com "expetativa muito alta" a realização da cimeira da CPLP em solo brasileiro, em novembro. "Esperamos que o Brasil assuma a liderança", afirmou, desafiando: "Uma potência mundial tem de tirar proveito de todos os instrumentos diplomáticos que tem e a CPLP é um instrumento poderosíssimo que o Brasil deve usar". "A língua portuguesa é poderosa no mundo, está presente em todos os continentes, há paises de todos os continentes a querer entrar na CPLP como observadores. Não faz sentido não aproveitar para redefinir a estratégia da CPLP que tem de ser uma estratégia mais económica", conclui.
Interrogado ainda sobre o teor da sua conversa com o vice-presidente de Angola Manuel Vicente, com quem se reuniu, durante cerca de uma hora, num encontro que não estava previsto na agenda, no consulado português no Rio, o PR disse terem falado exatamente sobre o papel dos dois países na cimeira: "Angola, tal como Portugal, tem um protagonismo muito importante. Portugal faz a ponte com a UE, e tem defendido junto desta um acordo com o Mercosul; Angola faz a ponte com a União Africana". Também as "muito intensas" relações bilaterais económicas e financeiras foram tema de conversa
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt