O arranque do último dia do Congresso do PS teve a recebê-lo uma manifestação da Associação dos Professores das Escolas Particulares com Contratos de Associação, que reclamavam contra o fecho das escolas segundo o critério de proximidade do Governo.
Joao Paulo Moinhos, membro da Associação, reclamava contra o critério de proximidade da lei, dizendo que devia ser antes o da qualidade de ensino. "Vai haver mais de mil despedimentos" só este ano, afirmou aos jornalistas.
Alguns dos cartazes reclamavam não só contra os despedimentos, mas também contra o Governo e o PS. "Costa, não te esqueças que perdeste as eleições", "o Bloco é quem manda no PS", "Costa rameira da esquerda", "Bem vindo ao Congresso da extrema-esquerda", "Precisamos de um novo 25 de Abril" eram alguns dos cartazes empunhados por algumas dezenas de manifestantes.
Santos Silva critica local escolhido pelos colégios para protestarem
O dirigente socialista Augusto Santos Silva criticou a iniciativa dos defensores dos contratos de associação entre Estado e ensino privado e cooperativo de se manifestarem contra o Governo à entrada do Congresso Nacional do PS. "Sou profundamente crítico destas tentativas destinadas a condicionar a liberdade de associação e de reunião dos diferentes partidos políticos", declarou à agência Lusa Augusto Santos Silva, que no Governo tutela a pasta de ministro dos Negócios Estrangeiros.
Augusto Santos Silva fez depois questão de salientar que a mesma posição já tomou no passado quando manifestações surgiram à porta de iniciativas do PS, quando este partido era liderado por José Sócrates. "Sempre fui contra estas iniciativas, porque uma coisa é protestar contra o Governo e outra coisa é condicionar iniciativas partidárias", disse.
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