Política

Carlos César acusa Maria Luís de “fraude propagandística”

Carlos César acusa Maria Luís de “fraude propagandística”
Luís Barra

Líder parlamentar do PS acusa Maria Luís Albuquerque de “vender gato por lebre”, por falhar a promessa de devolução da taxa de IRS

Carlos César acusa Maria Luís de “fraude propagandística”

Liliana Coelho

Jornalista

O líder parlamentar do PS afirmou esta sexta-feira que o atual Governo tem como tarefa de reverter a imagem que PSD e CDS venderam nos últimos anos, acusando o anterior Executivo de ter enganado a Comissão Europeia.

“O anterior Governo era especialista com créditos em vender gato por lebre. É preciso reverter essa imagem”, disse Carlos César.

Lembrando que o Executivo liderado por Passos Coelho falhou a promessa de devolução da taxa de IRS, o líder parlamentar acusou Maria Luís Albuquerque de “fraude”. “A sra. antiga ministra das Finanças é uma fraude propandística, não é uma desilusão”, afirmou Carlos César na penúltima intervenção desta manhã no debate quinzenal.

À semelhança de António Costa, o líder parlamentar socialista insistiu na tese de que o anterior Executivo iludiu os organismos europeus e os portugueses.

O anterior Governo, sublinhou, apresentou medidas temporárias, “com o objetivo de inversão total ou parcial”, sem que essas tivessem sido substituídas por medidas estruturais. “Gato escaldado de água fria tem medo”, ironizou Carlos César, colocando dúvidas quanto à preocupação da oposição relativamente ao Orçamento.

Admitindo que o esboço do documento pode ser alvo de alterações, o líder parlamentar do PS sustentou que o maior risco não reside nas dúvidas da Comissão Europeia relativamente aos cálculos orçamentais, mas ao histórico de compromissos do anterior Executivo. “A fama destes últimos anos é que nos pode tirar o proveito”, atirou.

Salientou depois que desde que foi apresentado o projeto do Orçamento, os juros da dívida a 10 anos têm vindo a diminuir, enquanto o inquérito da conjuntura do Instituto Nacional de Estatística também demonstra confiança.

“Não há nunca uma única forma de fazer o mesmo caminho. Do PS e do Governo, deve ficar uma mensagem de que não estamos aqui para iludir os portugueses, nem para iludir a União Europeia, nem para nos iludir a nós mesmos. Acreditamos que com uma governação inteligente podemos cumprir com os compromisoss que assumimos e promover o crescimento, criar emprego e reforçar a proteção social”, frisou.

Reconheceu que o caminho é “estreito” mas que “vale a pena”, para garantir o rigor das contas públicas e ao mesmo tempo a dignidade dos portugueses.

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