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Que voz é esta?

“Ainda há a ideia de que as pessoas com esquizofrenia são imprevisíveis, diabólicas ou violentas. Mas não é verdade, são ideias erradas”

Joaquim Gago, psiquiatra e membro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, e "Pedro", que tem 55 anos e teve o primeiro surto psicótico aos 23.
Joaquim Gago, psiquiatra e membro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, e "Pedro", que tem 55 anos e teve o primeiro surto psicótico aos 23.
José Fernandes

A recuperação e reabilitação das pessoas com esquizofrenia é uma prioridade, mas ainda há trabalho a fazer nesta área. As dificuldades na contratação de profissionais de saúde atrasam a criação e ida das equipas comunitárias para o terreno. Além disso, ainda há estigma e "ideias erradas" sobre a doença. Oiça aqui o novo episódio do podcast "Que Voz é Esta?", com Joaquim Gago, psiquiatra e membro da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental, e ‘Pedro’, 55 anos e diagnosticado em jovem com uma doença psicótica do espectro da esquizofrenia

“Ainda há a ideia de que as pessoas com esquizofrenia são imprevisíveis, diabólicas ou violentas. Mas não é verdade, são ideias erradas”

Helena Bento

Jornalista

“Ainda há a ideia de que as pessoas com esquizofrenia são imprevisíveis, diabólicas ou violentas. Mas não é verdade, são ideias erradas”

Salomé Rita

Sonoplasta

A recuperação e a reabilitação das pessoas com esquizofrenia ou outra doença mental grave tornaram-se áreas prioritárias a partir da década de 70 do século XX, quando movimentos formados por pessoas com doença mental exigiram ter os mesmos direitos das restantes pessoas, incluindo o acesso a tratamentos de reabilitação. Nessa altura, surgiu o termo “recovery” - recuperação -, que se solidificou de tal forma que viria a corresponder a uma mudança total de paradigma no acompanhamento destas pessoas.

Já não importava apenas tratar os sintomas da doença, mas também garantir a recuperação pessoal dos doentes e criar condições para que conseguissem reorganizar a sua vida e ter objetivos, projetos e manter relações interpessoais. “Isto corresponde a uma atitude completamente diferente em relação a estas pessoas”, explica Joaquim Gago, psiquiatra e coordenador de programas da Unidade de Saúde Mental do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, em Oeiras, em entrevista ao podcast “Que Voz é Esta?”, dedicado à saúde mental.

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