“O discurso económico em África é o discurso europeu na defesa: maior autonomia dos Estados Unidos”
Também afetado pelo agravamento das taxas alfandegárias americanas, o continente africano volta-se mais intensamente para Pequim e Moscovo. Oiça aqui o podcast O Mundo a Seus Pés
As tarifas de Donald Trump têm levado muitos governos africanos a reorientar ou consolidar as suas parcerias estratégicas com a China e a Rússia. O vazio deixado pelos Estados Unidos é assim ocupado por Pequim e Moscovo, há muito apostadas na “desdolarização do mercado”, diz Raúl M. Braga Pires, politólogo, arabista e professor no Instituto Piaget de Almada.
Mas este também “pode ser um momento de reaproximação de África à Europa”, defende.
Para o convidado deste episódio, “o discurso ao nível comercial e económico de África, neste momento, é o discurso europeu ao nível da defesa: criar mecanismos para uma maior autonomia em relação aos Estados Unidos”.