O Mundo a Seus Pés

Os capacetes azuis da ONU já não são bem-vindos em África? Porquê?

A população revoltou-se contra os militares da ONU presentes no leste da República Democrática do Congo, onde os capacetes azuis passaram a ser atacados com regularidade. No Mali, a junta governativa expulsou o representante da ONU para os direitos humanos, acelerou a saída da força francesa e expulsou o embaixador de França. Estarão as forças internacionais a tornar-se irrelevantes para a estabilização e prevenção de conflitos em África? Uma conversa de Cristina Peres com o Coronel Luís Bernardino

Os capacetes azuis da ONU já não são bem-vindos em África? Porquê?

Cristina Peres

Jornalista de Internacional

Neste episódio d' O Mundo a Seus Pés dedicado a África falamos do que está a acontecer com as missões das Nações Unidas no Mali, a MINUSMA, e na República Democrática do Congo, a MONUSMA.

Para refletirmos sobre a utilidade, pertinência e futuro destas missões convidámos o Coronel de Infantaria Luís Bernardino.

Na situação de reserva desde o final de 2022 após 35 anos de carreira, Luís Bernardino chefiou e formou gerações de miliytares das Forças Armadas Portuguesas. Foi conselheiro militar e representou Portugal na NATO entre 2017-2021 e junto das administrações de transição das Nações Unidas em Timor-Leste e da União Europeia na Somália e no Mali.

Há dias, um helicóptero Oryx da força de manutenção de paz sul-africana pertencente à MONUSMA foi atingido quando se dirigia para a cidade de Goma, capital da província do Kivu Norte, no leste da República Democrática do Congo, matando um soldado e ferindo outro.

Também há dias, a junta militar que lidera o Mali expulsou o líder da divisão de direitos humanos da MINUSMA, a missão das Nações Unidas naquele país, dando-lhe 48 horas para abandonar o país.

O que significa esta resistência para o futuro da prevenção de conflitos em África?

Este episódio de O Mundo a Seus Pés é da autoria da jornalista Cristina Peres e a edição multimédia é de João Luís Amorim.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: CPeres@expresso.impresa.pt

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