“Clientes de um banco e de uma plataforma de criptomoedas ficaram dias sem saber do dinheiro”: ciberguerra pode gerar caos nos serviços
Um dos objetivos de um ataque informático num contexto de guerra é a “disrupção dos serviços”, de modo a causar uma desestabilização “na vida das pessoas”. No podcast “O Futuro do Futuro”, o professor universitário Bernardo Valente explica o que podem fazer os cidadãos numa situação como esta
Bernardo Valente, professor da Universidade de Lisboa e atualmente a fazer o doutoramento na Universidade Autónoma de Barcelona, em Política Tecnológica e Inovações Democráticas, explica no podcast “O Futuro do Futuro” o que é a ciberguerra, ou guerra cibernética, e como este combate travado no plano virtual pode ter efeitos bem reais para os cidadãos de cada país.
Um ataque informático conduzido por um inimigo não se dirige apenas e só a estruturas militares ou que vemos como essenciais para a guerra, pode igualmente afetar estruturas e serviços públicos e privados. No caso do Irão, “o banco Sepah e uma plataforma de criptomoedas foram atingidos”, explica o docente e investigador que também é cronista habitual na Geração E do Expresso. “Os clientes ficaram horas ou dias sem saber se o dinheiro continuava lá, sem conseguirem aceder a contas ou gastar dinheiro. Isto causa uma disrupção tremenda na vida das pessoas”, salienta.
Neste episódio especial d’”O Futuro do Futuro” é explicado o que é uma guerra cibernética, como a escalada do conflito também acontece no terreno cibernético, e o impacto que o envolvimento dos Estados Unidos pode ter neste campo. Além disso, são debatidos os principais alvos, as estratégias de manipulação de informação usadas e o impacto que as redes sociais podem ter num cenário de conflito na era contemporânea.
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