O CEO é o limite em Podcast

Filipa Muñoz de Oliveira, CEO da Wink: "Não é preciso inventar a roda. Por vezes é só olhar para o mercado e ver o que podemos fazer melhor"

Investiu 15 mil euros, em 2007, num negócio que hoje fatura mais de 8,5 milhões de euros anuais. Não inventou a roda, não descobriu a pólvora, apenas recuperou uma técnica milenar usada pelas mulheres para embelezar as sobrancelhas. Filipa Muñoz de Oliveira, fundadora e CEO da Wink, marca o regresso do podcast “O CEO é o limite” a estúdio

Filipa Muñoz de Oliveira, CEO da Wink: "Não é preciso inventar a roda. Por vezes é só olhar para o mercado e ver o que podemos fazer melhor"

Cátia Mateus

Jornalista

Filipa Muñoz de Oliveira, CEO da Wink: "Não é preciso inventar a roda. Por vezes é só olhar para o mercado e ver o que podemos fazer melhor"

Salomé Rita

Sonoplasta

Se há lição que se retira do percurso de Filipa Muñoz de Oliveira é de que para ser rentável um negócio não tem, necessariamente, de ser altamente inovador ou disruptivo. “Vai ser muito difícil criar o próximo Facebook ou a próxima Tesla. Às vezes não é preciso inventar a roda. Basta, simplesmente, olhar para o mercado e ver onde é que as coisas estão a ser mal feitas e onde é que há uma oportunidade de fazermos melhor”.

Foi com este pensamento que - depois de um percurso de carreira em empresas como a Jerónimo Martins, a leiloeira Christie's, em Nova York, ou a cadeia de televisão Sky, em Londres -, Filipa Muñoz de Oliveira regressou a Portugal. Arriscou recuperar uma técnica ancestral que recorre ao uso de um fio para embelezar o olhar das mulheres e cuidar das suas sobrancelhas, transformou-a em negócio e hoje fatura 8,5 milhões de euros ao ano.

Filipa Muñoz de Oliveira, CEO da Wink, durante a gravação do podcast "O CEO é o limite"
TOMAS ALMEIDA

A Wink soma perto de 40 lojas em Portugal e mais 20 fora de portas. Mas o negócio podia não ter avançado. Filipa recorda a dificuldade que foi encontrar em Portugal profissionais que dominassem a técnica - comum, por exemplo, na Índia ou Paquistão - e falassem corretamente português para garantir o atendimento aos clientes.

“As escolas de estética não ensinavam, ninguém sabia fazer” e Filipa deu por si a percorrer a Rua Almirante Reis e o Martim Moniz, em Lisboa, em busca de quem dominasse a técnica que permitiria viabilizar a empresa. “Estive quase a desistir de abrir a Wink por causa desta dificuldade”, recorda. Hoje tem uma escola própria onde garante a formação de quem emprega, o que lhe permitiu ganhar escala e internacionalizar.

Cátia Mateus podcast O CEO É o limite

O CEO é o limite é o podcast de liderança e carreira do Expresso. Todas as semanas a jornalista Cátia Mateus mostra-lhe quem são, como começaram e o que fizeram para chegar ao topo os gestores portugueses que marcaram o passado, os que dirigem a atualidade e os que prometem moldar o futuro. Histórias inspiradoras, contadas na primeira pessoa, por quem ousa fazer acontecer. Ouça outros episódios aqui.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: cmateus@expresso.impresa.pt

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