Humor à Primeira Vista

Humor À Primeira Vista #42 Hugo Sousa feat. Eddie Izzard

Em tempos de pandemia, o comediante Hugo Sousa aproveitou não só para ser pai pela primeira vez, mas também para escrever o seu novo espetáculo a solo – o sétimo da já longa carreira. Promete, no entanto, que em “Regresso à Anormalidade” não vai falar só sobre a pandemia nem só sobre a recente paternidade. Hugo Sousa recordou os tempos em que ia a Londres de propósito para atuar uns minutos e as visitas que fez ao Brasil para fazer stand-up. Conseguiu o feito de tornar viral uma piada sobre bombos, mas agora os seus seguidores fazem questão de o notificar quando alguém toca bombo na televisão

João Pedro Morais/Observador

Vais regressar aos palcos com um novo espetáculo a solo, "Regresso à Anormalidade", em Leiria, dia 7 de maio. Vais passar também por cidades como Lisboa, Guimarães, Braga, Porto (que já vai para a terceira sessão), entre outras. Desde 2016 que tens sempre um espetáculo a solo novo por ano, à exceção de 2020.
Sim, mas eu era para fazer outro... ou seja, este era para fazer o ano passado em outubro. Entretanto mudou tudo, porque não se ia chamar "Regresso à Anormalidade".

Mas já tinhas material?
Já estava a preparar material para o solo o ano passado, mas com a covid-19 optei por fazer o "Ajuntamento" com o Raminhos, o Nilton e o Guilherme Duarte.

Como esteve tudo fechado, os bares e teatros só agora estão a reabrir, calculo que tenha sido mais difícil para testar material. Como foi esse processo?
O "Ajuntamento" serviu muito como "casa" de testes. Eu fiquei cinco meses sem fazer stand-up, andei agora a testar umas piadas em bares do Porto e foi fixe. Estava com aquela ansiedade de: "Vou subir ao palco e já não sei fazer isto".

Ainda assim sentes que conseguiste testar o suficiente para fazer o solo? Estás confiante ou um bocadinho mais receoso?
Um bocadinho mais receoso. Normalmente quando lanço o solo já tenho as piadas todas afinadas, depois é só uma questão de alinhamento. Mas às vezes uma pessoa também não pode ter tudo, tem de haver aquela ansiedade, aquele medo. Se calhar vão existir piadas que não vão ter piada nenhuma. Muitas só consegui testar uma vez, tenho lá dois ou três bits que nunca testei, mas o grosso do espetáculo já experimentei.

Escolheste falar sobre o comediante britânico Eddie Izzard, já bastante reconhecido internacionalmente, embora nos últimos anos não tenha lançado espetáculos a solo. Porquê esta escolha?
É dos meus comediantes favoritos. Chamam-lhe "o Monty Python perdido", exatamente pelo estilo de humor dele, que é muito nonsense. Ele estica muito piadas absurdas. Já desde aqueles vídeos mais antigos que tem muita, muita piada.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: gcarvalho@impresa.pt

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