Orçamento do Estado

Marcelo cobre Costa na reta final: "vejo com apreço o esforço", "é o ano com mais alterações", "algumas são profundas"

Marcelo cobre Costa na reta final: "vejo com apreço o esforço", "é o ano com mais alterações", "algumas são profundas"
MÁRIO CRUZ/LUSA

Com a corda definitivamente partida com o BE, Marcelo elogia o "esforço" do Governo nas negociações do Orçamento e sublinha que este é o ano com mais alterações feitas à proposta inicial, tão cedo no processo. A pressão do Presidente fica para o PCP, embora sem o referir: "As pessoas normalmente, no momento decisivo, atuam com bom-senso"

Marcelo cobre Costa na reta final: "vejo com apreço o esforço", "é o ano com mais alterações", "algumas são profundas"

David Dinis

Diretor-adjunto

Num domingo tenso, em que a corda de rompeu definitivamente entre Governo e Bloco e todos aguardam a posição do PCP (reunido em Comité Central) e do PAN, Marcelo saiu em defesa do "esforço" negocial do Governo para convencer a esquerda em viabilizar o Orçamento de 2022: "No momento em que o OE não passasse, passava-se logo para a dissolução. Isso tem grandes custos para o país e, por isso, vejo com apreço o esforço que está a ser feito e que vai ser feito até ao último minuto", disse o Presidente.

Mas foi mais longe: "Daquilo que se sabe vejo com apreço o esforço para alterar bastante a proposta de OE. Do que me recordo é o ano em que há maiores alterações, fruto da negociação, tão cedo [no processo] relativamente à proposta inicial. São muito profundas, algumas. E isso significa um esforço que continua a ser feito se se chegar a bom porto, evitar o chumbo e eleições".

Junto ao Hospital de Santa Maria, onde o Presidente foi a mais uma das inúmeras iniciativas deste fim de semana, Marcelo foi questionado sobre a aparente divergência face a Costa, que disse que aceitaria o decidisse o PR, mas que não encarava como automática a dissolução da AR em caso de chumbo do OE. E Marcelo desconversou: "Uma coisa é o Governo não se demitir, outra é a dissolução do Parlamento. Que é dissolvido o Parlamento, já sabem qual é a minha posição", que é essa mesmo. "Outra coisa", acrescentou, "é o Governo não se demitir: se se demitisse agravava a situação crítica", disse o Presidente, confirmando a notícia do Expresso deste sábado.

Ainda assim, ficou uma nota de otimismo: "Mas o fundamental é que continuo a acreditar que o cenário vai ser o do bom senso. As pessoas normalmente, no momento decisivo, atuam com bom senso".

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