
Costa quis dar sinais na lei laboral, saúde, Função Pública e creches. Mas no Governo há incerteza sobre o caminho de saída
Costa quis dar sinais na lei laboral, saúde, Função Pública e creches. Mas no Governo há incerteza sobre o caminho de saída
Coordenadora de Política
O Governo está às escuras sobre o que é preciso fazer para que a esquerda viabilize o Orçamento do Estado para 2022. Sabe quais são as prioridades, mas “tudo é prioridade”, e desta vez há um sentimento de que não se trata de bluff ou tão-só de pressão negocial por parte dos comunistas: “É diferente”, desabafa um governante, quer no tom, com o pré-anúncio de chumbo, quer na forma da negociação, negociando ao mesmo tempo OE e as alterações às leis laborais — que ideologicamente dividem muito comunistas e socialistas.
Como não sabe qual o ponto de viragem, o Governo foi lançando medidas em todas as frentes. A estratégia passa, assim, por tentar negociar o OE levando várias medidas para a mesa de negociações e ao mesmo tempo preparar o guião para se defender em caso de crise política, argumentando que cedeu à esquerda mais do que se esperaria (sobretudo nas leis laborais).
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