Orçamento do Estado

Conselho das Finanças Públicas considera cenário macro "provável", mas alerta para riscos

Nazaré da Costa Cabral Presidente do Conselho das Finanças Públicas
Nazaré da Costa Cabral Presidente do Conselho das Finanças Públicas
Tiago Miranda

Instituição chama a atenção de que projeção das Finanças para crescimento da economia portuguesa em 2021 está no limite superior do painel das principais organizações nacionais e internacional. Número para 2022 também está perto desse limite

O Conselho das Finanças Públicas dá luz verde ao cenário macroeconómico do Governo para a economia portuguesa, subjacente à proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022). Contudo, deixa alguns alertas.

"O cenário macroeconómico subjacente à proposta do Orçamento do Estado para 2022 é considerado um cenário provável para a economia portuguesa no horizonte 2021-2022", lê-se na análise da instituição que, por lei, tem de acompanhar a proposta de cada Orçamento do Estado.

O CFP, que é liderado por Nazaré Costa Cabral, escreve ainda que o cenário macroeconómico "é globalmente coerente com as previsões e projeções mais recentes conhecidas para a economia portuguesa".

Contudo, chama a atenção de que "o crescimento da atividade económica de 4,8% previsto pelo Ministério das Finanças para 2021, enquadra-se no limite superior do painel de projeções" das principais organizações nacionais e internacionais.

No mesmo sentido, a previsão das Finanças de uma aceleração para 5,5% em 2022 está "perto do limite superior do painel de projeções".

O CFP destaca ainda que a materialização deste cenário macroeconómico "tem implícitos riscos de natureza predominantemente descendente, direta ou indiretamente associados à evolução da situação pandémica e à execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) na economia".

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