Orçamento do Estado

PS acusa Catarina Martins de "mentir" sobre fundos para o Novo Banco

PS acusa Catarina Martins de "mentir" sobre fundos para o Novo Banco
Marcos Borga

Em causa estão as declarações da coordenadora do BE que considerou ser um "absurdo" o Orçamento do Estado para o próximo ano prever mais dinheiro para o Novo Banco do que para medidas de resposta à pobreza

PS acusa Catarina Martins de "mentir" sobre fundos para o Novo Banco

Liliana Coelho

Jornalista

É mais um aviso ao BE, mas desta vez sob forma de protesto. O vice-presidente da bancada do PS, João Paulo Correia, acusou esta sexta-feira o Bloco de Esquerda de mentir sobre os fundos para o Novo Banco.

"A coordenadora do BE insiste na mentira sobre este Orçamento do Estado. Disse ontem que o Governo não vai mais longe no combate à pobreza porque prefere encaminhar o dinheiro para o Novo Banco. É mentira. O OE2021 não prevê a transferência de dinheiros públicos para o Fundo de Resolução para que o possam injetar no Novo Banco", garantiu João Paulo Correia em declarações aos jornalistas no Parlamento.

Em causa estão as declarações de Catarina Martins, que considerou na quinta-feira, ser um "absurdo" o Orçamento do Estado para o próximo ano prever mais dinheiro para o Novo Banco do que para medidas de resposta à pobreza.

Apesar da advertência, João Paulo Correia reafirma que o PS continua disponível para negociar com o Bloco, de forma a chegar-se a um "desfecho positivo", ou seja à viabilização do documento pela esquerda.

"Não há condições para criar uma crise política em cima de uma crise económica e social. Agora, não é possível continuar a negociar quando os princípios e as acusações que se lançam para o processo negocial são baseadas em mentira e, portanto, da parte do PS, bom senso e responsabilidade, também significa denunciar as mentiras", insistiu.

Nos últimos dias, o PS tem colocado pressão sobre o BE depois de o partido de Catarina Martins ter ameaçado votar contra o OE2021. Ainda assim, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, já lembrou que o Governo não está dependentes do Bloco para a aprovação do documento, uma vez que para isso basta a abstenção do PCP, PEV e PAN.

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