É assumido na proposta de Orçamento do Estado (OE) que a TAP "deverá utilizar a totalidade dos 1200 milhões de euros de empréstimo do Estado" este ano, "o que lhe permitirá enfrentar com mais confiança as necessidades do início do ano económico de 2021".
Mas a incerteza irá manter-se devido à forte crise de procura que o sector enfrenta por causa da pandemia de Covid-19, mas também em resultado das opções que poderão vir a ser tomadas na sequência da reestruturação da companhia, quer em matéria financeira, quer quanto à redefinição do posicionamento estratégico da companhia.
"O valor necessário para 2021 é ainda incerto", admite o governo na proposta de OE. Por isso, acomoda um montante de 500 milhões de euros para um empréstimo feito no mercado, mas com garantia de Estado.
"Por uma questão de cautela, tendo em atenção o impacto da TAP na atividade económica nacional e, consequentemente, o seu papel na recuperação da economia portuguesa, no Orçamento do Estado para 2021 o valor previsto para garantias, acomoda 500 milhões de euros a conceder eventualmente para que a empresa, apesar da crise do setor se possa financiar em mercado", lê-se no documento. É ainda acrescentado: "sempre no âmbito da aplicação de um plano de reestruturação que possa criar as condições para a sustentabilidade e competitividade da empresa".
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