Direção-Geral de Energia será reforçada com quase uma centena de funcionários

O Governo compromete-se a reforçar o quadro da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), que abrirá concursos no próximo ano para o efeito, naquela que é uma resposta a um problema que há vários anos se arrasta: a de falta de meios para responder de forma célere na tramitação de pedidos e projetos.

O relatório da proposta de Orçamento do Estado para 2021 revela que a DGEG ganhará quase uma centena de trabalhadores no próximo ano, a somar aos 333 que tem atualmente.

"A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) é o serviço do Estado crucial para o momento de transição energética em que Portugal se encontra", lembra o Governo. "Carece, por esse motivo, de ser capacitada com os meios tecnológicos e os recursos humanos necessários para o cabal desempenho das funções que lhe são confiadas, designadamente mediante a contratação de 93 trabalhadores, cujos concursos serão lançados em 2021", indica o relatório.

O documento enfatiza que "será o setor da energia aquele que dará um maior contributo" no capítulo da transição energética, lembrando que a estratégia de Portugal para o horizonte 2030 combina "diversas opções de políticas e medidas, bem como de opções tecnológicas", dando prioridade à "eficiência energética, reforço da diversificação de fontes de energia, aumento da eletrificação, reforço e modernização das infraestruturas, desenvolvimento das interligações, reconfiguração e digitalização do mercado", entre outras.

O relatório do Orçamento do Estado reitera a vontade do Governo de continuar a realizar leilões de energias renováveis, bem como fomentar a criação de sistemas híbridos, designadamente os que combinem, num mesmo ponto de ligação da rede, parques eólicos e centrais solares, ou centrais solares e hídricas.