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José Tolentino Mendonça

Daniel

Vinte anos após a sua morte, será que não chegou o momento da sua luz ser entrevista, com a limpidez histórica e espiritual que a sua poesia merece?

Há vinte anos morria Daniel Faria. Morreu no dia 9 de junho de 1999, aos 28 anos de idade, no Hospital de São João, no Porto. Nessa altura, poucos sabiam o que hoje se tornou claro: que aquele discreto rapaz, que terminava o seu noviciado beneditino no mosteiro de Singeverga, foi um dos mais importantes poetas portugueses nascidos no século XX, e que caberá ao século XXI a tarefa de descobri-lo. De facto, a “hora de legibilidade” de uma obra ou de autor, não é necessariamente coincidente com o momento histórico da sua origem. Refere, a esse propósito, Walter Benjamin: “O índice histórico das imagens diz, de facto, que não só elas pertencem a uma época específica, mas sobretudo que alcançam apenas a sua legibilidade numa época determinada.” Decorridos vinte anos da sua morte, será que não chegou o momento da sua luz ser entrevista, com a limpidez histórica e espiritual que a sua poesia merece?

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