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Ensaio

O futuro da ação climática na União Europeia e no mundo

O futuro da ação climática na União Europeia e no mundo
Sean Gallup/Getty Images

A descarbonização global adquiriu uma dinâmica que a tornou imparável, embora a guerra, por enquanto tecnológica e económica, entre os EUA e a China, e o crescente isolamento da UE, não a favoreça. Todos os países vão ter de fazer um esforço. Portugal é dos mais vulneráveis

O futuro da ação climática na União Europeia e no mundo

Filipe Duarte Santos

Geofísico e Professor Catedrático do Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa

Para quem se preocupa com a sustentabilidade e em particular com a sustentabilidade ambiental é um privilégio viver na UE. No que respeita às alterações climáticas a UE (27) reduziu as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) 32,5% entre 1990 e 2022, o que significa ter sido a região do mundo que conseguiu maior redução de emissões.

É importante ter presente que este processo de descarbonização durante 32 anos foi simultâneo com um crescimento significativo da economia.

Na ciência e na política das alterações climáticas é essencial ter uma visão mundial porque estamos perante um problema global cuja solução é necessariamente global. Se apenas uma região do mundo diminuir as suas emissões de GEE o problema não se resolve. É necessário que todos os países do mundo participem no processo de descarbonização da economia de acordo com o princípio das responsabilidades comuns mas diferenciadas, inscrito no Artigo 3º da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas. O texto afirma que as “Partes signatárias da Convenção devem proteger o sistema climático em benefício das gerações atuais e futuras da humanidade, com base na equidade e de acordo com as suas responsabilidades comuns mas diferenciadas e respetivas capacidades”.

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